Mas há algo que me voltou a deixar claramente descontente. O debate político ainda um pouco gratuito e sem grande profundidade, apesar de muito melhor no dia 29 que no dia 28. Pareceu-me haver alguma elevação no sábado em relação ao que vira durante todo o congresso de espinho à ano e meio. Algo que me perturbou e não só a mim foi o alongamento das intervenções até de madrugada.
Fico claramente feliz por ver que temos militantes interessados e resistentes durante tantas horas, podendo alguns estarem aquelas horas a fazer algo por outros considerado mais lúdico. Mas os meus parabéns a todos pela dedicação, tanto dos oradores como audiência que permaneceu até mais tarde.
Impõe-se uma necessidade de re-estruturar o modelo e regras do Congresso. Antes de mais as listas deverão ser entregues completas até ao ínicio dos trabalhos na pior das hipóteses para que possa existir um controlo da mesa mais rigoroso(já passo a explicar).
Os horários de ínicio e fim dos trabalhos e dos painéis deve ser pontual, rigoroso e apoiado por uma equipa de responsabilização e coordenação dos congressistas. É extremamente necessário existir um horário a entregar na altura da certificação com a indicação de todos os momentos e pausas do Congresso, não devendo nunca os trabalhos excederem-se para lá das 2h30.
É importante que as pausas para refeições sejam pensadas consoante as distâncias e os tempos de resposta dos restaurantes propostos das imediações. É preferível marcar uma pausa de 2h para refeição e iniciar devidamente os trabalhos do que começar com meia sala ou menos.
Em relação a este ano o tempo de apresentação de moções deve ser aumentado e re-organizado, existindo para além deste espaço um ou mais períodos delimitados de intervenção sobre candidaturas a decorrer, prevendo um tempo igual entre as mesmas, sendo descontado todo o tempo utilizado por um congressista que pertença a um qualquer lugar ou orgão das listas candidatas ao tempo da respectiva candidatura dentro do período de tempo destinado. Este formato ajuda a racionalizar os tempos obrigando também as listas candidatas a organizarem os seus tempos de intervenção e locutores enriquecendo o debate.
Sei que será uma proposta controversa e limitará algumas intervenções mas é um mal necessário para que se atinja um nível de qualidade mais elevado e sucinto.
Outro ponto importante. A mesa... 5 minutos de intervenção são cinco minutos. Antes de alguém se dirigir ao púlpito já conhece a regra. Faça-se cumprir, aos 6 minutos no máximo sem concluir é desligado o microfone. Os candidatos a presidente, vice presidente(s) e secretário de cada lista terão um tempo ligeiramente mais alargado.
Ah e como órgão neutro que é, proibir a qualquer elemento sentado à mesa de congresso a utilização ou exibição de qualquer propaganda ou alusão a qualquer uma das candidaturas, para que não se repita a mesma situação de um elemento da mesa que usava em Penafiel um cachecol de uma candidatura. Por parte da mesa exige-se também um aconselhamento mais activo e precoce contra injúrias, assobios, apupos ou outras manifestações de falta de respeito ou exteriores à JSD e ao normal exercício de funções dos seus órgãos. Compete à mesa condicionar e conduzir o congresso para um combate e discussão política e não apenas lavagem de roupa suja.
Estas são algumas ponderações base daquilo que penso ser o modelo mais perto do ideal de um congresso da JSD.
Saudações